quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O ideal culturalmente construído da ilusão


Quando mergulhei naquele lago fantástico,
Pensei que enfim chegava onde queria.
Mas a dor veio,
E não é a dor frustrada,
Sangue que escorreu do meu braço esquerdo.
Não é dor da frustração
Pela falta de afeto,
Mas a dor pelo excesso
Frustrado pelas suas conseqüências.

Mergulhei no lago,
veio a dor, a cãibra,
me engasgo com a água,
mas alcanço a margem.
Respiro fundo,
Penso em ir embora,
mas o lago e suas águas fantásticas me chamam
e novamente mergulho
e nado até a exaustão
e novamente repete-se o processo.

Afogo-me ou viro sereia?


Mariana Penna, 2007


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